Atualmente todos estamos um bocadinho a regressar ao nosso dia-a-dia habitual de forma gradual. Já paraste um bocadinho para refletir sobre o que mudou no teu dia-a-dia? Agora que paraste para pensar sobre isso queres pegar numa folha e anotar as principais alterações que identificaste? E financeiramente o que alterou? E o que gostavas de ter visto alterar de forma diferente?
Bem, vamos deixar-nos de questões e passar à ação.
Nestes últimos dois meses assistimos todos a muitas alterações no dia-a-dia de muitas pessoas:
- Empresas fecharam;
- Novos negócios surgiram;
- Algumas pessoas perderam o emprego;
- Outras pessoas criaram o seu próprio emprego e novos postos de trabalho;
- Houve pessoas que viram os seus rendimentos reduzir;
- Outras pessoas viram os seus rendimentos aumentar.
Pois é, estas e tantas outras alterações se puderam verificar… E tu onde te enquadras? O que gostavas que te tivesse acontecido?
Pois bem, para que possas ser tu a próxima pessoa a controlar o que vai acontecer com as tuas próprias finanças, deixo-te aqui algumas dicas.
1. Detalha as tuas despesas atuais
Pega numa folha e caneta, caderno, telemóvel, folha de Excel ou aplicação e começa a descrever todas as despesas que tens atualmente. Como há aquelas despesas que não são pagas todos os meses, sugiro que reflitas bem sobre todas essas hipóteses. Terminaste? Parabéns podemos passar para a dica seguinte.
2. Divide as despesas entre fixas e variáveis
Agora que já sabes exatamente onde gastas todo o teu dinheiro, a minha sugestão é que faças uma nova coluna nessa tua lista para identificares quais as que têm caráter fixo e variável. Para as despesas variáveis sugiro que apontes o seu valor entre o médio e o máximo para que não tenhas surpresas desagradáveis em qualquer momento.
3. Analisa as despesas que podem ser anuladas
Deixa-me começar já a explicar o que quero dizer com isto porque não quero que este passo seja mal interpretado. Então, o objetivo não é que deixes de ir ao cabeleireiro e passes a cortar o cabelo em casa, por exemplo, nada disso!!
Mas reflete sobre algumas destas situações:
- Alguma vez compraste uma revista só pela capa e nunca chegaste a ler o seu conteúdo?
- Quantas vezes subscreveste uma assinatura de qualquer publicação porque te ficava mais em conta mas depois acabaste por ler duas dessas publicações em todo o ano?
- Subscreveste o netflix e até à entrada da quarentena nunca tinhas assistido a mais de um filme por mês?
- Compraste a determinada peça de roupa ou sapatos porque ficavam super giros no manequim mas nunca usaste porque não te sentes bem ou confortável?
- Inscreveste-te no ginásio porque querias perder peso mas acabaste por não o frequentar?
Podia continuar aqui o resto do dia a enumerar situações e de certeza que continuava a encontrar algumas com as quais te identificas porque pelo menos uma vez na vida já te aconteceu. Verdade? Pois bem, agora que já estás mais consciente (espero eu) olha para a tua lista de despesas e identifica as que possas eliminar.
4. Define quanto precisas receber para cobrir as tuas despesas
Já sabes quanto dinheiro gastas e para cobrir isso, o que ganhas é suficiente? Ou precisas de partilhar do rendimento do teu parceiro para conseguir fazer face a todos os teus gastos? Recorres frequentemente ao plafond do cartão de crédito porque o teu rendimento não estica até ao final do mês? Tens plafond na tua conta ordenado e a meio do mês já estás no negativo a viver do plafond? Sempre que precisas fazer uma compra de algum valor um bocadinho mais elevado tens de recorrer a crédito para a conseguir fazer? Deixa-me fazer-te uma chamada de atenção porque se respondeste sim a alguma destas questões, é sinal de que as tuas finanças pessoais não estão bem de saúde, por isso identifica claramente quais os rendimentos que necessitas obter para fazer face às tuas despesas de forma independente.
5. Procura uma fonte de rendimento extra
Se na dica anterior tomaste consciência que precisas de receber mais para fazer face aos teus gastos, a minha sugestão é que encontres uma fonte de rendimento extra que seja compatível com o teu dia-a-dia atual.
Deixo-te aqui algumas ideias do que tenho assistido a acontecer ao meu redor:
- Procura um part-time por conta de outrém;
- Encontra uma atividade que te dê prazer e consigas desempenhar em poucas horas diariamente e por conta própria;
- Adere a um negócio de marketing multi nível (esta é a minha favorita e a que tem mais potencial na minha opinião) que faça sentido para ti e com o qual te identifiques.
6. Define uma margem de poupança e/ou investimento
Passados uns meses de teres posto em prática todos os passos anteriores vais chegar a uma fase em que recebes mais dinheiro do que ganhas, e aí está na altura de começares a criar a tua estabilidade, segurança ou o que lhe quiseres chamar? O que é isto? Para mim é o nosso paraquedas… Porquê? De repente, algo imprevisto pode acontecer nas nossas vidas e de um momento para o outro vermos a nossa fonte de rendimento reduzida e não conseguirmos reverter essa situação no imediato. Agora estás a pensar: Mas o que isto tem a ver com poupança? Se estou perante uma situação de imprevisto como vou poupar? Acertei? Pois é, mas já dizia o ditado: “Quem vai para o Mar avia-se em Terra”. E assim vamos nós replicar isso às nossas finanças. O que precisas fazer?
Responder à seguinte questão:
- Se me vir perante uma situação destas, quanto tempo vou precisar para voltar a ter o mesmo rendimento que tinha anteriormente?
Tens a resposta? Se não tens, sugiro que penses num período de 6 meses a um ano, é o mais comum e prudente. E o que vou fazer com esse Prazo? Já me estás a perguntar… Esse número de meses multiplicado pelo valor da nossa despesa mensal é o valor que vamos querer definir como poupança para que num próximo salto em queda livre tenhas o teu pára quedas a postos para abrir e te aguentar até chegares ao solo com segurança e estabilidade. O que quer isto dizer? Que não vais sentir dificuldades em momentos de crise porque já tens a tua almofada financeira para te dar conforto e estabilidade. Espero que estas dicas te tenham sido úteis, não por estares a ultrapassar uma situação de crise, mas para que te possas preparar para a eventualidade de ela aparecer na tua vida. Se tiveres alguma dúvida podes entrar em contacto comigo.
Lembra-te,
Vive a Tua Liberdade Financeira.
Grata pelas tuas dicas, numa linguagem clara e muito acessível. Eu confesso que já fui uma pessoa mais organizada em termos gerais e nos financeiros em particular rsrsrsrs
Muito obrigada pelo teu feedback.
O que achas de proveitar esta onda para te voltares a organizar em termos financeiros? Bora lá 😉