Ginástica para mim sempre um sacrifício. Eu era daquelas alunas que usava de tudo como desculpa para não fazer a aula de desporto. Ora doía-me a barriga, ora tinha isto, ora tinha aquilo. Pedia à minha mãe para me passar uma justificação, com dores fortíssimas (mas a maior parte das vezes apenas na alma) do período. Conheces este filme? Faz parte da tua vida? Ou eras aquela minha amiga super atlética que jogava à bola com os rapazes, corria que nem uma gazela e hoje tornou-se instrutora de artes marciais!?
Eu sei que o exercício é fundamental a uma vida saudável. Juro que me esforço para me manter em movimento, mas nem sempre (ou quase nunca) de forma consistente e eficaz. Já me inscrevi em ginásios não sei quantas vezes, e já cancelei a inscrição mais umas quantas. A vontade de ganhar gosto pelo exercício físico leva-me a pensar que “desta é que é“, mas vai-se a ver e não foi desta.
Apesar desta relação instável com o desporto descobri do que gosto (ou que me é menos doloroso) e o que não gosto. Gosto de natação, pilates, yoga e caminhadass. Aliás esta semana (re)comecei as minhas caminhadas diárias. Todos os dias pelo menos 30 minutos a andar a ritmo mais acelerado. Mas, eu sei, isso não é suficiente, sobretudo quando já se tem 40 anos.
Sou uma mulher que não se guia por crenças, e por isso acredito que apesar de ser uma quarentona, vou conseguir atingir a forma física que desejo. Ai, vou! Posso ter esta relação instável com o meu corpo, mas nunca desisti dele. Cada vez tomo mais consciência que a idade realmente tem, em termos orgânicos, influência na nossa aparência e estado físico. Mas também sinto-me mais convicta que é possível libertar-nos das crenças limitadoras do género: “depois dos 40 anos, esquece. O teu metabolismo está mais preguiçoso e tu não vais conseguir emagrecer.“
Hoje mesmo dei um passo importante. Diz “sim, eu acredito que sou capaz” e estou a receber mentoria de uma mulher especialista neste assunto. Com os exercícios certos para a minha idade, bem como a alimentação e o mindset, sei que chegarei lá. Posso recuar e avançar, posso demorar a chegar… só que continuo no caminho.
Com esta minha confissão, quero encorajar-te a deixar de lado as amarras das frases feitas que martelam na nossa mente e nos guiam a estados de impotência. O sucesso não é tu chegares lá o mais rapidamente possível, mas é o processo de lá chegares. Se tens um sonho, seja igual ao meu, ou não, acredita que se te mantens no caminho, se te levantas todas as vezes que cais, chegas lá. O caminho do sucesso não é em linha recta. Tem vales e montes, curvas e contra curvas. Às vezes vamos com rapidez, outras mais lentamente. Umas vezes subimos com entusiasmo, outras com a força da guerreira que há dentro de nós. Mas vamos!!!
Segue-me nas redes sociais, onde partilho algumas etapas desta minha caminhada. Fazer o percurso juntas é muito mais prazeroso.
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Foto: Graziela Costa Photography