Nem sempre fui uma Maria Feliz. Há quem se lembre de mim, na infância, como um Pierrot, de semblante triste e lagriminha no olho.
Aos 14 anos já tinha lido obras da área da higiene mental e desenvolvimento pessoal, que moravam na estante da nossa casa, entre elas “Como Evitar Preocupações e Começar a Viver” e “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas“, dois livros de Dale Carnegie.
Nessa altura já não me chamavam Pierrot, achavam que eu era snob, pois vivia no meu mundo, como diziam, sem ligar muito aos outros. Na verdade, era uma defesa da minha parte.
Fiz o meu percurso escolar em Humanidades e formei-me em Ciências da Comunicação. Após a licenciatura dediquei-me ao voluntariado, com uma experiência em Angola, onde voltaram a tocar-me na ferida. Sentiam que eu era pouco sociável, e não desenvolvia o meu espírito comunitário.
Pouco tempo depois tornei-me mãe pela primeira vez, e senti a necessidade de mergulhar no meu interior. Em 2007 tornei-me Practitioner em Programação Neuro Linguística – PNL, ficando fascinada pelas suas ferramentas.
Certo dia, num dos exercícios do curso, fui levada na memória até à minha participação numa Constelação Familiar anos antes. Tinha sido uma experiência tão profunda e intensa, com um impacto tão grande na minha vida, que decidi ir à procura de pessoas que ensinassem o método.
Foi assim que então comecei a minha caminhada com este método, o meu método preferencial. Fiz a minha primeira formação de Constelações Familiares em Portugal, mas voltaria a fazer mais uma formação intensa já na terra natal de Bert Hellinger, o pai do método. Conclui a mesma com um trabalho dedicado a “O Reencontro com a Mãe“.
Foram as Constelações Familiares que me permitiram resgatar a minha felicidade e me guiar à mulher que sou hoje. A mesma que agora abre as mãos para apoiar os processos de bem estar e felicidade de outras mulheres, porque #eusoumariafeliz e acredito que qualquer mulher também poderá ser.